Santana Lopes e Assunção Cristas estiveram reunidos durante cerca de uma hora na sede do CDS, em Lisboa, num encontro de apresentação de cumprimentos da Aliança, que também serviu para avaliar “as intenções de cada força política quanto à alternativa a constituir em relação à frente de esquerda” que governa o país desde 2015,
“Foi uma boa conversa de preparação também do ano eleitoral, além da apresentação de cumprimentos à presidente do CDS que tem trabalhado bastante por essa alternativa ao governo em funções”, afirmou o ex-primeiro-ministro, numa altura em que falta menos de um ano para as eleições legislativas de 2019.
Sem querer fazer comparações com a estratégia de oposição do partido que liderou, o PSD, Santana Lopes afirmou, porém, que Assunção Cristas “tem trabalhado e tem uma perspetiva lúcida sobre o que é preciso fazer para essa alternativa existir”.
E, tal como tem repetido Cristas ao longos dos últimos meses, também Santana Lopes defendeu que “quem tiver uma solução política com o apoio de 116 deputados no parlamento, como acontece hoje em dia, poderá constituir Governo.
“E é para isso que tem que se trabalhar, para se poder substituir a frente de esquerda que governa o país”, afirmou o antigo líder do PSD e primeiro-ministro (2004-2005.
Como “nestas coisas não há coincidências”, Santana admitiu que o primeiro encontro para a apresentação de cumprimentos ser com o CDS tem o seu significado, afirmando ainda que o PSD, a que pertenceu, será o último, por ser “o maior partido”.
Da conversa, de pouco mais de uma hora, o fundador do partido Aliança realçou a coincidência de pontos de vista com o CDS na criação de um “clima propício ao investimento”, à necessidade de “apoio às empresas”, à melhoria da competitividade fiscal”.
Para Santana, é “muito importante controlar a despesa, mas é muito importante, nas negociações com Bruxelas, assegurar uma agenda destinada ao crescimento económico, ao aumento e à melhoria da produtividade”.
“O país e Bruxelas”, afirmou ainda, hão de convencer-se que “tão importante quanto cortar a despesa é aumentar a receita”.
Pedro Santana Lopes defendeu a escolha de Paulo Sande par cabeça de lista do partido às eleições europeias, justificando que é “uma pessoa credível”, das que “mais sabe de assuntos europeus em Portugal”.
Para mais, definiu-o, a ele a à Aliança, como “eurolivres”.
“Somos eurolivres, não vamos por cartilhas, por dogmas e trabalhamos no sentido de contribuir para que Portugal tenha uma outra atenção para a necessidade de maior coesão económica e social, para a convergência das economias”, explicou.
Fundado este ano por Pedro Santana Lopes, após sair do PSD, o partido Aliança tem o seu congresso constitutivo em fevereiro próximo e já anunciou que vai concorrer às europeias de maio, candidatando Paulo Sande, e às eleições legislativas, no outono de 2019.
Comentários