Trata-se de uma “cooperação estratégica” entre o Santuário de Fátima, através do seu centro de estudos, “com instituições de investigação e ensino superior públicas portuguesas e estrangeiras”, tendo como objetivo a promoção “do diálogo com as culturas contemporâneas”.

“Cada vez mais se torna relevante recolocar os temas ligados à religião e à espiritualidade no centro da investigação científica e da formação universitária para suprir lacunas graves de iliteracia cultural neste domínio e colmatar falhas de conhecimento crítico de uma dimensão densa e muitas vezes modelar da nossa herança cultural, artística, literária e filosófica”, considera o santuário em nota enviada à agência Lusa.

O protocolo de cooperação será celebrado com uma unidade de investigação pública adstrita à Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), o Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias (CLEPUL) pertencente à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Tal acontecerá “através da sua cátedra FCT/Infante Dom Henrique para os Estudos Insulares Atlânticos e a Globalização (CIDH), acolhida na Universidade Aberta (UAb) no seu polo do CLEPUL, e em parceria com o Instituto Europeu de Ciências da Cultura Padre Manuel Antunes (IECCPMA)”, refere o Santuário de Fátima.

O protocolo prevê as condições para “a promoção de atividades conjuntas na área de investigação, bem como no planeamento e realização de seminários, ações de formação e eventos culturais, artísticos e científicos, em particular através da criação do Gabinete de Estudos Fátima Global”.

Segundo o santuário, este gabinete “será inserido no CLEPUL, em articulação com a CIDH/UAb e o IECCPMA, para o estudo científico do fenómeno de Fátima”.

Neste sentido, “será feita a atribuição conjunta de bolsas para contratar pesquisadores especializados que farão investigação e formação avançada neste domínio de estudos, em articulação com o programa de Estudos Globais da Universidade Aberta em constituição com o Departamento de Média e Globalização da Universidade de Paris II – Panteón-Assas”, explica.

A assinatura do protocolo realiza-se na sede da Universidade Aberta, em Lisboa.