De acordo com o Boletim Epidemiológico, elaborado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), dos 70 casos confirmados, dos quais 58 já estão curados, 40 (57%) eram mulheres e 61 (87%) eram profissionais de saúde.
Todos os infetados eram adultos: 57 tinham idades entre os 20 e os 34 anos, dez entre os 35 e os 44 anos e três entre os 45 e os 54 anos.
Os dados do boletim “Sarampo em Portugal” referem ainda que dez doentes (14%) não estavam vacinados e seis (9%) tinham o esquema vacinal incompleto.
Num comunicado divulgado hoje de manhã, a DGS adiantava que, às 19:00 de segunda-feira, não se encontravam doentes internados com sarampo.
A maioria dos 70 casos de sarampo no atual surto tem ligação ao Hospital de Santo António, no Porto, adianta a DGS.
A Direção-geral da Saúde recorda que o vírus do sarampo é transmitido por contacto direto com as gotículas infeciosas ou por propagação no ar quando a pessoa infetada tosse ou espirra. Os doentes são considerados contagiosos desde quatro dias antes e até quatro dias depois do aparecimento da erupção cutânea.
Os sintomas de sarampo aparecem geralmente entre 10 a 12 dias depois de a pessoa ser infetada e começam habitualmente com febre, erupção cutânea (progride da cabeça para o tronco e para as extremidades inferiores), tosse, conjuntivite e corrimento nasal.
Existe vacina contra o sarampo no Programa Nacional de Vacinação, que deve ser administrada aos 12 meses e cinco anos.
Os profissionais de saúde devem ter as duas doses da vacina independentemente da sua idade.
Quem já teve sarampo está imunizado e não voltará a ter a doença. As pessoas com o esquema vacinal completo podem contrair a doença, mas de forma leve e não são veículo de transmissão, segundo as autoridades de saúde.
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