“O povo venezuelano merece uma eleição que reflita verdadeiramente a sua vontade, livre de manipulação”, disse hoje Blinken numa conferência de imprensa no Japão, onde se encontra em visita oficial.
Antony Blinken sublinhou que “a comunidade internacional acompanhará muito de perto” o sufrágio na Venezuela e pediu “a todas as partes que honrem os seus compromissos e que respeitem o processo democrático”.
O secretário de Estado dos EUA afirmou que essas eleições “são um evento crucial e que acontecem num momento muito importante, dada a grave crise política, económica e humanitária que o país enfrenta”.
Os venezuelanos escolhem hoje entre reeleger o Presidente, Nicolás Maduro, ou votar contra o herdeiro do chavismo, que nas sondagens tem estado atrás da oposição, encabeçada pelo diplomata Edmundo Gonzalez Urrutia, da Mesa Unitária Democrática.
Em ambiente de crise económica e social, a campanha eleitoral decorreu em clima de “tudo ou nada”, com Maduro a ameaçar um “banho de sangue” e uma guerra civil caso não consiga um terceiro mandato de seis anos e a oposição a prometer lutar “até ao fim”.
A escolha de cerca de 21 dos 30 milhões de venezuelanos será repartida por 10 candidatos, mas o resultado deverá decidir-se entre Maduro, do Partido Socialista Unido da Venezuela, que sucedeu no poder ao antigo líder Hugo Chavez, e o diplomata reformado Urrutia, que substituiu a candidata Maria Corina Machado, que o regime impediu de se candidatar.
Num país com uma comunidade de portugueses e lusodescendentes significativa, a população vive com baixos rendimentos, carestia e insuficiência de serviços básicos, com sistemas de saúde e educação degradados.
Uma delegação do Partido Popular Europeu (PPE) de acompanhamento das eleições presidenciais venezuelanas, onde estava integrado o eurodeputado português Sebastião Bugalho, ficou primeiro retida no aeroporto de Caracas e foi depois expulsa do país no sábado.
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