Durante a visita, Mike Pompeo vai assistir à tomada de posse de Jair Bolsonaro como novo Presidente do Brasil – que acontece a 1 de janeiro -, e deverá ainda participar em reuniões com o futuro ministro das Relações Exteriores brasileiro, Ernesto Araújo, e outros parceiros locais, com o objetivo de definir prioridades na área da cooperação, segundo informação do Departamento de Estado norte-americano.

As trocas comerciais entre Brasil e Estados Unidos da América (EUA), ascenderam, na totalidade, a 100 mil milhões de dólares (87 mil milhões de euros), mas o Departamento de Estado norte-americano, na antevisão da visita de Mike Pompeo, na sexta-feira, em Washington, assumiu que “este novo capítulo da democracia” brasileira, com a eleição de Jair Bolsonaro (extrema-direita), após sucessivos governos de esquerda, “apresenta uma oportunidade histórica de expansão da prosperidade no relacionamento bilateral”.

Até quarta-feira, os diplomatas norte-americanos e o novo chefe de Estado brasileiro deverão discutir as relações económicas e as trocas comerciais entre os dois países, assim como possíveis novos investimentos em tecnologia, defesa e agricultura, indicou ainda o Departamento de Estado.

Em cima da mesa vão estar também assuntos de ordem internacional e regional, como a defesa da Democracia e dos Direitos Humanos nos países vizinhos, face aos conflitos e crise na Venezuela, Nicarágua e Cuba.

Os EUA mantêm um grande interesse em reforçar uma parceria com o Brasil, vendo o maior país da América do Sul e oitava maior economia mundial como “importante interveniente em assuntos globais” a longo prazo, que dará mais espaço aos norte-americanos para combater “regimes repressivos” na região.

O secretário de Estado norte-americano viaja a 2 de janeiro para a cidade colombiana de Cartagena, onde se reúne, no mesmo dia, com o Presidente da Colômbia, Iván Duque Márquez.