Deputados do CNRT viraram a mesa do Parlamento Nacional timorense em protesto quando a vice-presidente do órgão Angelina Sarmento tentou iniciar uma sessão plenária para debate do pedido de destituição do presidente parlamentar.
A tensão começou quando a a vice-presidente do parlamento tentou ocupar a zona da mesa para abrir o plenário, considerando ter legitimidade para o fazer pelo facto do presidente do orgão, Arão Noé Amaral, não ter convocado o plenário.
Vários deputados convergiram na zona da mesa do parlamento, com deputados do CNRT a virarem a mesa de Arão Noé Amaral (do mesmo partido) para impedir o início do plenário.
Num cenário de gritos e empurrões, com deputados de vários partidos a subirem à zona da mesa, agentes da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) acabaram por ocupar a zona da mesa.
Angelina Sarmento, por seu lado, fico sentada na parte inferior da zona central do parlamento — no espaço normalmente usado pelo Governo, quando há debates com o executivo.
Rodeada de efetivos de segurança, Angelina Sarmento tentou, por várias vezes, iniciar a sessão, recorrendo a um microfone e coluna portátil para assim tentar contornar o facto do sistema de som do plenário não ter sido ligado.
Numa troca de gritos, deputados do CNRT acusaram as bancadas da maioria — Fretilin, PLP e KHUNTO — de tentarem fazer um assalto ao poder, ultrapassando as competências dos vice-presidentes e saltando por cima da decisão do presidente Arão Noé Amaral não convocar o plenário.
As bancadas da maioria, por seu lado, acusam os deputados do CNRT de vandalismo e Arão Noé Amaral de abuso de poder ao recusar-se a agendar o debate sobre a sua destituição.
Esta é a terceira semana sem sessões plenárias no parlamento.
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