Num balanço enviado à agência Lusa, a empresa aponta que o sistema de bicicletas públicas partilhadas, em vigor desde 19 de setembro, já conta com "mais de seis mil viagens" realizadas nas 100 bicicletas disponíveis no Parque das Nações, perfazendo um total de "mais de cinco mil quilómetros percorridos".

Entre 19 de setembro e 18 de outubro tinham sido já subscritos "860 passes, dos quais mais de 90 por cento são anuais".

A EMEL apontou também que 91% dos utilizadores optaram por bicicletas eletricamente assistidas.

Segundo a empresa, a marca Gira - Bicicletas de Lisboa está disponível em 10 estações na zona do Parque das Nações, "estando previsto o alargamento deste serviço nas zonas de Alvalade e das Avenidas Novas nas próximas semanas".

A Lusa constatou que já estão colocadas novas estações em zonas como São Sebastião, nas avenidas de Roma e do Brasil, junto ao Mercado de Alvalade, ou no Saldanha.

No total, o sistema será composto por 140 estações e 1.410 bicicletas.

Das 140 estações, 92 ficarão localizadas no planalto central da cidade, 27 na baixa e frente ribeirinha, 15 no Parque das Nações e seis no eixo entre as avenidas Fontes Pereira de Melo e da Liberdade.

A nota enviada à Lusa explica que existem três modalidades de adesão, entre o passe anual (25 euros), mensal (15 euros) e diário, sendo que os dois primeiros são "destinados apenas a residentes em Portugal" e o terceiro destina-se principalmente a turistas estrangeiros.

O valor de adesão ao passe diário são 10 euros e o utilizador ocasional necessita também de proceder ao pagamento de uma caução no valor de 300 euros, pode ler-se nos termos e condições de utilização.

O mesmo documento indica que o serviço Gira funciona todos os dias, entre as 07:00 e as 24:00, "devendo as viagens ocorrer dentro dos limites territoriais do concelho de Lisboa".

"Como forma de premiar os primeiros aderentes ao serviço, a data de validade do passe anual para quem adira ao serviço até ao final do ano 2017 (independentemente da data de adesão), será estendida até ao final de 2018", acrescenta a empresa.

A EMEL nota ainda que "aos valores de adesão ao serviço, acrescem tarifas de utilização que têm como objetivo promover a realização de viagens pendulares (casa-trabalho ou casa-escola), tipicamente de curta duração, por oposição às viagens de lazer".

Estas tarifas serão aplicadas em percursos superiores a trinta minutos (no casos dos utilizados regulares), ou uma hora (no caso dos utilizadores ocasionais).

Citado pelo comunicado, o presidente do Conselho de Administração da EMEL afirmou acreditar que "este projeto é um importante contributo para transformar Lisboa numa cidade mais acessível".

Apesar de haver "ainda um longo caminho a percorrer, mas estão a ser dados vários passos nesse sentido", acrescentou.

Antes da entrada oficial em funcionamento, a empresa realizou uma fase de testes, que teve início a 21 de junho no Parque das Nações. Desde aí 1.600 utilizadores experimentaram o sistema, tendo realizado 20.832 viagens, numa distância superior a 40.000 quilómetros.