“No geral, senti que estava em grande forma. Um bom coração. Uma boa alma. Uma alma muito boa”, disse, na sexta-feira, o republicano, de 78 anos, a bordo do avião Air Force One, que o transportava para a Florida depois de um ‘check-up’ médico no hospital militar Walter Reed, nos arredores de Washington.

Além de exames cardíacos, o dirigente afirmou ter-se submetido a um teste cognitivo para ser “um pouco diferente de [Joe] Biden”.

Durante a última campanha presidencial, Donald Trump desafiou várias vezes o rival democrata – a quem atacou constantemente devido à idade -, a submeter-se a um teste deste género.

“Não sei o que vos dizer, exceto que tive todas as respostas corretas”, disse o Presidente norte-americano, acrescentando que um relatório sobre estes testes vai ser publicado no domingo.

A questão da saúde do Presidente dos Estados Unidos tornou-se particularmente sensível no final da presidência de Joe Biden, que terminou o mandato aos 82 anos, demonstrando algumas dificuldades, nomeadamente no discurso.

Donald Trump não bebe álcool nem fuma, mas não esconde o gosto que tem por refrigerantes e ‘fast food’, escreveu a agência de notícias France-Presse.

Durante a corrida presidencial de 2024, Trump afirmou ter realizado um teste cognitivo, o qual passou “com distinção”, sem dar mais pormenores.

Em novembro de 2023, o republicano limitou-se a publicar uma breve carta do médico que dizia estar de excelente saúde e que tinha perdido peso, sem especificar quanto. Desde então, o dirigente não voltou a divulgar qualquer relatório de saúde.

Joe Biden tinha o hábito de publicar relatórios longos e detalhados, que incluíam os níveis de colesterol e o nome da medicação que tomava para alergias.

Donald Trump tem sido frequentemente acusado pela oposição de não ser transparente em relação à saúde, nomeadamente quando, nos últimos meses do primeiro mandato, esteve hospitalizado durante vários dias com uma infeção por covid-19.

Um dos antigos médicos do republicano, Harold Bornstein, afirmou que o Presidente norte-americano lhe “tinha ditado por inteiro” uma carta que o descrevia como estando de excelente saúde, antes de ser eleito pela primeira vez.

“Se for eleito, posso afirmar inequivocamente que o senhor Trump será a pessoa mais saudável alguma vez eleita para a presidência”, afirmava o relatório publicado em dezembro de 2015, sem apresentar qualquer prova que sustentasse a afirmação.