“Todo o dispositivo está preparado, mas estamos sem a intervenção musculada dos meios aéreos para o ataque inicial à progressão do incêndio”, disse à agência Lusa o coordenador do Serviço Municipal de Proteção Civil do Cadaval, Ricardo Coelho.
O combate a incêndios com viaturas é mais difícil pela altitude e pelo tipo de solos da serra, enquanto os “meios aéreos não estão sujeitos a essas barreiras físicas e demoram muito menos tempo a chegar a sítios que as viaturas não conseguem aceder ou demoram a chegar”, explicou. “Apercebemo-nos que um deles, que em maio já tinha sido vandalizado, está sem o saco [responsável pela retenção da água] e no outro a estrutura metálica está desaparafusada, o que indicia que estava a ser preparado para furtarem também o saco”, especificou o responsável.
Ricardo Coelho adiantou ainda que o município autorizou “de imediato” a reparação dos dois reservatórios, com um custo estimado de quatro mil euros, que só não foi ainda concretizada por estar a aguardar que chegue o material encomendado ao fornecedor.
A câmara municipal apresentou queixa na GNR, que está já a investigar o furto.
O coordenador da Proteção Civil Municipal explicou que um deles está a 50% da sua capacidade e o outro a 20%.
Depois da reparação, a câmara tem de atestar os dois reservatórios com 240 mil litros de água, estando dependente do transporte da água pelos bombeiros locais e de corporações vizinhas.
Os dois reservatórios foram instalados pela câmara municipal em 2011, um investimento de 26 mil euros.
O último grande incêndio na Serra do Montejunto aconteceu em 2003, altura em que ficaram destruídos cerca de 2500 hectares, o que corresponde a perto de metade do seu território.
A serra situa-se nos territórios dos concelhos de Alenquer e Cadaval, no distrito de Lisboa. Em 1999 tornou-se Área de Paisagem Protegida.
Comentários