Em comunicado, o SNPVAC adianta que, além do “erro de planeamento executado pelas estruturas operacionais” da SATA, foi “reiterada e grosseiramente incumprida a decisão do Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social”, dado que a companhia “não acautelou, como devia, este voo como serviço mínimo com a antecedência prevista” na decisão do Tribunal.
“Mais informamos que o SNPVAC informou a empresa deste erro de planeamento no passado domingo, dia 20 de agosto, advertindo para as consequências que daí poderiam advir, e, nada tendo sido feito, o desfecho foi o cancelamento” dos voos, esclarece o sindicato, que repudia a omissão, por parte da SATA, deste facto “da opinião pública e culpabilizado unicamente a greve às assistências que está em curso”.
O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Avião Civil refere que, “além do erro de planeamento e do incumprimento da deliberação do Tribunal Arbitral, a decisão da administração em ter atribuído férias em junho, julho e agosto aos tripulantes de cabine contratados para os quatro meses de verão, também contribuiu para este cancelamento, bem como para outros nos dois meses anteriores”.
“Esta decisão em atribuir férias nos meses em que são necessários mais tripulantes no ativo é uma decisão única e sem precedentes no setor da aviação mundial”, considera o sindicato.
Confrontado com o comunicado, o porta-voz da transportadora aérea, António Portugal, apenas disse existir uma “diferença de interpretação” em relação a um dos pontos da decisão do Tribunal Arbitral por parte do sindicato e SATA.
Na terça-feira, a SATA anunciou que as ligações Lisboa-Horta-Lisboa foram canceladas devido à greve às assistências, situação que envolveu cerca de 300 passageiros.
O sindicato mantém, por tempo indeterminado, a greve às assistências na Azores Airlines, da SATA, que assegura as ligações para fora do arquipélago.
António Portugal explicou que existem tripulantes que estão de assistência e que são chamados para substituir os que por razões de doença ou outra não podem assegurar a escala para que estavam designados.
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