A composição do ministério da Educação, Ciência e Inovação foi conhecida na quinta-feira e a ausência de uma secretaria do Ensino Superior preocupa o presidente do Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup), José Moreira, vê uma “estrutura mastodôntica”.
O Ministério da Educação, Ciência e Inovação do XXIV Governo Constitucional terá dois secretários de Estado da Educação e um da Ciência, mas nenhum dedicado em exclusivo ao Ensino Superior.
“Começa logo por me preocupar do ponto de vista simbólico não existir uma secretaria de estado do Ensino Superior, porque mesmo quando não havia ministério do Ensino Superior, como aconteceu com Nuno Crato, havia secretaria de estado”, recordou José Moreira.
O representante dos professores e investigadores teme que a fusão de dois ministérios – educação e ensino superior e ciência – crie “um ministério bastante difícil de gerir”.
“Num ministério com esta complexidade, este será um trabalho hercúleo”, alertou, criticando o Governo por ter optado por criar uma “estrutura mastodôntica”.
“Preocupa-nos se este novo ministério terá capacidade de diálogo”, disse, sublinhando que existem assuntos urgentes, como é o caso da precariedade no setor, que “afeta 90% dos investigadores”.
O ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, esclareceu que o Ensino Superior, para o qual não foi designado secretário de Estado, ficará sob a sua alçada.
O novo Ministério volta a juntar sob a mesma tutela educação, ensino superior e ciência, áreas que estavam distribuídas em dois ministérios nos anteriores governos socialistas.
A nova equipa integra três secretários de Estado: O politólogo e especialista em educação, Alexandre Homem Cristo, será secretário de Estado Adjunto e da Educação; Pedro Cunha, atualmente diretor-geral da Educação, será secretário de Estado da Educação e a investigadora Ana Paiva fica com a pasta da Ciência.
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