Em comunicado publicado na sua página, o SFJ refere que a primeira greve, a 08 de setembro, será em Braga, Viana do Castelo e Setúbal, seguindo-se depois Faro, Beja, Bragança, Aveiro, Évora, Castelo Branco, Portalegre e Açores, entre 12 e 19.
Em paralelo, o sindicato indica que serão realizadas outras greves, cujo “começo é determinado pela agenda das diligências” em cada um destes distritos.
“Inauguramos, mais uma vez, uma greve inédita que irá demonstrar que os trabalhadores dos tribunais são o que sempre foram: profissionais abnegados, esforçados, lutadores e que tudo farão para que as suas funções sejam dignificadas”, indica o sindicato, que regressa às paralisações, após as férias judiciais.
Este período “poderia ter sido um tempo de reflexão por parte da tutela” e “a oportunidade para repensar a estratégia e mudar o rumo dos acontecimentos, avaliar efetivamente os impactos das paralisações, cedendo às justas reivindicações destes profissionais”, considera o sindicato, que representa os oficiais de justiça.
“A nossa carreira exige um tratamento digno e diferenciado por se tratar de uma carreira de regime especial e deverá sofrer uma atualização salarial”, considera a organização sindical, que pede “a implementação de um plano claro de progressão” profissional.
“A valorização do nosso trabalho deve ser refletida nos nossos vencimentos e oportunidades de crescimento profissional”, considera o sindicato, que pede ao Governo que “apresente o projeto de estatuto profissional que prometeu”.
“Somente então consideraremos suspender a luta mediante o que nos for apresentado”, refere o sindicato.
As exigências do SFJ, que já motivaram uma greve tradicional, ao longo de todo o dia, na passada sexta-feira, a marcar a reabertura dos tribunais após as férias judiciais, mantêm-se e passam por assegurar no imediato a abertura de concurso para acesso a todos os lugares e categorias que se encontrem vagos e a inclusão do suplemento de recuperação processual no vencimento, também com retroativos a janeiro de 2021 e pago em 14 meses, tal como, recorda o sindicato, esteve previsto em dois Orçamentos do Estado.
No âmbito da negociação coletiva, o SFJ quer uma revisão do estatuto profissional que dignifique a carreira, mas também um regime especial de aposentação e um concurso plurianual para preenchimento de lugares vagos.
A ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro, tem remetido para os novos estatutos profissionais a resolução das reivindicações sindicais e na sexta-feira prometeu para “os próximos dias” a divulgação do projeto do Governo para revisão dos estatutos, tendo o SFJ reagido com a disponibilidade para parar a luta quando forem conhecidas propostas concretas e não perante o que classificou de “apenas mais um anúncio”.
Comentários