Uma delegação das dez estruturas sindicais que reivindicam a contagem integral dos nove anos, quatro meses e dois dias de tempo de serviço congelado aos professores esteve hoje na Assembleia da República, a ser ouvida pela comissão parlamentar de Educação e Ciência, a propósito da petição pública, já entregue, que recolheu mais de 60 mil assinaturas contra uma contagem parcial, como pretende o Governo.

Segundo um comunicado conjunto dos sindicatos, “os partidos políticos chegaram posições distintas”.

“PSD, BE e PCP, partidos que requereram a apreciação parlamentar do decreto do Governo, manifestaram-se favoráveis à recuperação de todo o tempo de serviço cumprido pelos professores, garantindo que no próximo dia 16 de abril concretizarão a sua posição com propostas concretas nesse sentido”, refere o comunicado.

O CDS-PP, acrescenta o documento, “defendeu uma posição, no mínimo, estranha”, ao afirmar que vai apresentar uma proposta para que a recuperação do tempo remanescente aos dois anos, nove meses e 18 dias – o tempo de serviço que o executivo aceitou contabilizar – seja negociada numa próxima legislatura.

Segundo os sindicatos, o PS “fez um discurso genérico, não se comprometendo com qualquer posição, embora admitindo intervir no debate do próximo dia 16”.

Perante as posições assumidas pelos partidos, os sindicatos sugerem aos professores que enviem e-mails aos deputados do PSD, PCP e Bloco de Esquerda apelando a um entendimento, uma vez que, em conjunto, têm maioria parlamentar.

Sugerem também que se peça ao CDS uma solução imediata e não um adiamento da questão e ao PS uma posição de “coerência com a posição assumida na Madeira e nos Açores”, onde nos parlamentos regionais os socialistas viabilizaram a contagem integral do tempo de serviço congelado aos professores das regiões autónomas.

“Ficam os professores, agora, com os olhos postos no parlamento e nos partidos políticos. No dia 16 de abril estarão na Assembleia da República para saudar, no momento e no próprio local, aqueles que, fazendo justiça, contribuíram para a recuperação do tempo de serviço que foi cumprido enquanto a carreira esteve congelada. Depois de desiludidos com o governo, os professores depositam toda a sua esperança na Assembleia da República”, lê-se no comunicado.

Pendentes do que for decidido pelo parlamento no dia 16 de abril ficam possíveis greves às avaliações no 3.º período.

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