Segundo disse à Lusa o presidente da Câmara de Sintra, após uma reunião com o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, o município “precisa de uma rede de saúde que faça sentido e seja coerente”.
“Essa rede de saúde passa fundamentalmente pelo Amadora-Sintra, [e] passa pelo alargamento do Hospital de Cascais, com mais um piso, prestando serviço não só às senhoras e aos jovens, mas a todas as populações do âmbito territorial abrangidas pelo hospital, que se passará a chamar Hospital Cascais-Sintra”, explicou Basílio Horta.
O presidente da autarquia acrescentou que “depois em Sintra será criado um polo multidisciplinar, porque tem anexo à rede hospitalar uma rede de cuidados continuados e de convalescença”, com 50 a 60 camas, além das urgências e cirurgia ambulatória.
“O senhor ministro informou que, no próximo concurso que será aberto até ao fim do ano, irá ser colocada a obrigatoriedade de, quem ficar com o Hospital de Cascais, aumentar um piso para servir as freguesias de Sintra mais perto de Cascais”, frisou o autarca.
As urgências do novo polo hospitalar de Sintra vão contribuir para atenuar as urgências do Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) e, para isso, acaba a Urgência Básica de Algueirão-Mem Martins, que apenas atendia a casos menos urgentes e sem a totalidade dos meios de diagnóstico.
O autarca adiantou que vão avançar os estudos preliminares para o novo hospital, que deverá ficar localizado em Sintra, junto ao IC16, numa área “entre 20 a 30 mil metros quadrados”.
“O senhor ministro tenciona assinar o protocolo para o polo hospitalar de Sintra com a câmara na última semana de janeiro”, apontou Basílio Horta, notando que a autarquia avança com o investimento inicial e só em 2018 é que as verbas entram no Orçamento do Estado.
Em termos de investimento, o autarca admitiu que a nova unidade “não é inferior a 20 milhões, nem superior a 30 milhões de euros”.
Numa carta enviada a 18 de outubro ao ministro da Saúde, Basílio Horta e o presidente da assembleia municipal, Domingos Quintas (PS), solicitaram uma reunião urgente para analisar “as formas de colaboração” com vista à construção de um novo hospital em Sintra.
Os autarcas lembram que o Hospital Fernando Fonseca, “construído e instalado para servir na sua área de influência (Amadora e Sintra) uma população da ordem dos 300 mil utentes, serve atualmente mais de 600 mil utentes”.
Uma situação que “naturalmente gera situações de enorme estrangulamento e dificuldades inultrapassáveis, em particular na área das urgências hospitalares, dos internamentos e das consultas de acompanhamento”, acrescentam os autarcas na carta ao ministro.
No documento, os autarcas referem que o município se compromete a apoiar na construção de um novo equipamento, estimado em 20 milhões de euros, através da “cedência do terreno necessário e com a comparticipação de 30% do custo final do hospital (até seis milhões de euros)”.
Comentários