Os 46 camiões com ajuda médica e alimentos para cerca de 27.500 pessoas, segundo o Departamento de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (OCHA), são o primeiro comboio humanitário a entrar no enclave desde o lançamento, a 18 de fevereiro, da operação militar do regime que já matou mais de 700 civis, de acordo com uma organização não-governamental.
“A distribuição de assistência é um primeiro passo positivo para reduzir o sofrimento dos civis na zona”, disse à agência noticiosa EFE num correio eletrónico a porta-voz do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) na Síria, Ingy Sedky.
O comboio, fretado pela ONU, pelo CICV e pelo Crescente Vermelho sírio, “entrou em Douma, na Ghouta oriental”, indicou o OCHA numa mensagem na rede social Twitter. Douma é a principal cidade do feudo rebelde.
No entanto, na inspeção de rotina dos camiões, as autoridades sírias rejeitaram material médico, como equipamento para cirurgia e diálise, assim como insulina, disse um porta-voz da Organização Mundial de Saúde, Tarik Jaserevic.
“Por causa disso, três dos 46 camiões que foram enviados para Douma hoje estavam quase vazios”, disse uma responsável do OCHA em Damasco, Linda Tom.
O OCHA disse ter recebido autorização para distribuir assistência a um total de 70.000 pessoas em Ghouta oriental e garantias de que, depois de hoje, poderá aceder de novo à zona na próxima quinta-feira.
A guerra na Síria já causou mais de 340.000 mortos desde o seu início em 2011.
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