Segundo Alfano, a ideia foi apresentada pelo chefe da diplomacia britânica, Boris Johnson, na reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros do grupo dos sete países mais industrializados do mundo (G7), que decorre na cidade italiana de Lucca.
Alfano disse que isolar a Rússia “seria errado”, adiantando que “a posição do G7 é muito clara – apoiar as sanções existentes” contra Moscovo devido às suas atividades militares na Ucrânia.
O chefe da diplomacia italiano considerou fundamental que a Rússia favoreça com a comunidade internacional uma transição política na Síria para derrotar o grupo extremista Estado Islâmico.
“Uma derrota duradoura do Daesh (acrónimo em árabe de Estado Islâmico) não pode ser alcançada sem um processo político que leve a uma transição” na Síria, afirmou Alfano durante a reunião do G7.
“Existe agora uma janela de oportunidade para envolver a Rússia seriamente no relançamento do processo político”, acrescentou.
A Rússia foi expulsa do grupo dos países mais industrializados em 2014 após ter anexado a península ucraniana da Crimeia.
A reunião dos chefes da diplomacia do G7, na qual foi abordado o ataque químico da semana passada na Síria e a resposta dos Estados Unidos, termina hoje.
Forças militares dos Estados Unidos lançaram na madrugada de sexta-feira 59 mísseis de cruzeiro contra a base aérea síria de Shayrat, de onde terão partido os aviões envolvidos no ataque com armas químicas que quatro dias antes matou pelo menos 86 pessoas em Khan Sheikhun, no noroeste do país.
Os acontecimentos constituem também o tema central da visita do secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, à Rússia, iniciada hoje.
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