O epicentro do sismo, ocorrido às 03h35 locais (02h35 de Lisboa), localizou-se a uma profundidade de cerca de três quilómetros, entre as cidades costeiras de Nápoles e Pozzuoli.

O tremor de terra foi sentido pelos habitantes da região, nomeadamente em vários bairros de Nápoles.

“O abalo registado foi o mais forte dos últimos 40 anos”, sublinhou o diretor do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV), Mauro Di Vito, considerando “possível que ocorram outros sismos de maior intensidade”.

Menos conhecido que o Vesúvio, que varreu Pompeia do mapa há quase dois milénios, o vulcão dos Campos Flégreos, que entrou pela última vez em erupção em 1538, poria meio milhão de habitantes em risco, em caso de nova erupção.

Há vários dias que esta região é palco de um enxame sísmico — uma sucessão de tremores de terra de fraca magnitude — e tinha já sofrido outro sismo de intensidade semelhante no início deste mês.

“Nos últimos dias, registaram-se 84 abalos sísmicos de magnitude inferior a três graus. Entre ontem (terça-feira) e hoje, tivemos dois abalos superiores a três graus que foram sentidos pela população, porque se localizaram a menos de três quilómetros de profundidade”, precisou Di Vito.

“Encontramo-nos numa zona complexa”, observou o responsável do INGV, salientando que os dados sobre a zona dos Campos Flégreos são alvo de “vigilância constante”.