“A energia libertada pelos sismos, associando à magnitude, não tem nada de excecional para a zona. São sismos que foram percecionados pela população e com epicentro muito próximo de zonas habitadas, o que faz com que seja comunicada a ocorrência”, disse à Lusa, Fernando Carrilho, geofísico do Instituto Português do Mar e da Atmosfera.
Um sismo de magnitude 2,9 na escala aberta de Richter com epicentro a cerca de quatro quilómetros de Vila Verde, no distrito de Braga, foi registado e sentido hoje.
Trata-se do terceiro abalo sentido esta semana na zona.
Fernando Carrilho explicou ainda que, no contexto de Portugal continental, há “10 a 20 sismos que são sentidos pela população num universo de 1.500/2.000 por ano” e que são registados pela rede de instrumentos que ocupa o território.
Segundo o especialista, os sismos de Vila Verde não estão inseridos nas zonas de maior risco no contexto de perigosidade sísmica, já que, adiantou, no norte e noroeste de Portugal a perigosidade é “baixa”, o que “não quer dizer que não ocorram sismos de tempos a tempos e que sejam sentidos”.
“As zonas de maior perigo sísmico são as zonas do Algarve e Lisboa e vale inferior do Tejo, onde o risco é mais elevado”, sublinhou.
Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o sismo de hoje teve o seu epicentro a cerca de quatro quilómetros a norte-nordeste de Vila Verde e foi registado às 11:36.
Na segunda-feira, dois sismos ocorreram de manhã também em Vila Verde, sendo pelo menos um deles sentido, o de 3,2 na escala de Richter. Já na terça-feira, foi registado um novo abalo, de magnitude 3,1 na escala de Richter, sentido pela população.
Os sismos são classificados segundo a sua magnitude como micro (menos de 2,0), muito pequeno (2,0-2,9), pequeno (3,0-3,9), ligeiro (4,0-4,9), moderado (5,0-5,9), forte (6,0-6,9), grande (7,0-7,9), importante (8,0-8,9), excecional (9,0-9,9) e extremo (superior a 10).
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