Fonte oficial do partido da extrema-direita parlamentar, liderado pelo deputado André Ventura, divulgou hoje os dados concretos e solidificados das “diretas” de há quatro dias (06 de março), os quais ficaram a cargo de uma "empresa de assessoria tecnológica e informática", cujo nome não foi divulgado "por uma questão de proteção dos dados" da força política.
Assim, do universo total de militantes do partido populista, apenas 14.979 se colocaram em condições de votar (quotas pagas até 48 horas antes do sufrágio) e só 3.317 exerceram o direito nas 20 mesas espalhadas por todo o país e ilhas, num sufrágio que incluiu a escolha de 400 delegados à III Convenção Nacional do partido, agendada provisoriamente para maio, em local a designar.
Registaram-se 3.226 votos a favor (11,5% do universo total), 73 brancos e 18 nulos.
O presidente da Mesa da Convenção Nacional do Chega, Luís Graça, já tinha anunciado o triunfo de Ventura no sábado, com 97,3% dos votos,
Desde a primeira eleição (30 de junho de 2019), Ventura, fundador e militante "n.º 1" do partido, candidatou-se agora pela terceira vez, na sequência das eleições presidenciais de 24 de janeiro, nas quais ficou na terceira posição.
O jurista e antigo conselheiro nacional do PSD, de 38 anos, demitiu-se por ter falhado os objetivos de ficar à frente da ex-eurodeputada socialista Ana Gomes e de forçar o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, a uma segunda volta.
O líder do Chega já se tinha demitido em abril de 2020, justificando-o com a contestação interna devido à sua abstenção no parlamento sobre a renovação do estado de emergência em virtude da pandemia de covid-19.
Na altura, na "diretas" de 05 de setembro de 2020, Ventura foi reeleito com 99,4% dos votos expressos, cerca de 4.525 dos então 11.313 militantes aptos a votar.
Comentários