Rita Rato foi escolhida num processo de recrutamento iniciado em abril pela Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC) de Lisboa, na sequência da reforma do diretor daquele equipamento, Luís Farinha.
A nova diretora foi escolhida por um júri composto por Luís Farinha, pela presidente da EGEAC, Joana Gomes Cardoso, pelo assessor para a área do património e dos museus Manuel Bairrão Oleiro, e pelo diretor de Recursos Humanos da empresa municipal, Joaquim René.
Desde o anúncio da escolha surgiram várias críticas, referindo a falta de formação na área e de experiência prática museológica.
Em reação às críticas, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, defendeu a antiga deputada, recusando a sua estigmatização por ser comunista: "Que ninguém pense em lançar esse estigma porque isso acabou há 46 anos, com o 25 de Abril de 1974".
Nascida em Estremoz, em 1983, Rita Rato é licenciada em Ciência Política e Relações Internacionais pela Universidade Nova de Lisboa.
Foi deputada pelo PCP à Assembleia da República, entre 2009 e 2019, e fez parte, como coordenadora do grupo parlamentar, da Comissão de Educação, Ciência e Cultura (2011-2015).
De acordo com a EGEAC, o processo contou com diversas candidaturas e a de Rita Rato destacou-se “pelo projeto apresentado e pelo desempenho nas entrevistas realizadas com o júri”.
O Museu do Aljube, inaugurado em abril de 2015, na antiga prisão da PIDE, é um dos equipamentos culturais do município de Lisboa, sob a alçada da EGEAC, e é dedicado à "memória do combate à ditadura e à resistência em prol da liberdade e da democracia".
O museu tem vindo a desenvolver projetos como a recolha de testemunhos de combatentes pela liberdade e de histórias de vida de muitos resistentes, para consulta pública e para memória futura dos crimes cometidos pela ditadura e os agentes que a sustentaram.
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