No quinto dia de buscas, nenhuma vítima foi encontrada com vida, afirmou o porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, tenente Pedro Aihara, à imprensa brasileira.

"[Nos próximos dias] A possibilidade de encontrar pessoas com vida é muito pequena", frisou Pedro Aihara, acrescentando que os corpos encontrados hoje estavam na zona do refeitório da empresa e dentro de um autocarro soterrado.

Segundo a Vale, no momento da rutura da barragem estariam cerca de 600 funcionário no refeitório.

Em conferência de imprensa, o presidente da mineira Vale, Fabio Schvartsman, afirmou que irá encerrar todas as barragens semelhantes às que romperam recentemente, como a de Brumadinho e de Mariana.

De acordo com Fabio Schvartsman, citado pela plataforma de notícias G1, apesar de auditorias recentes dizerem que todas as estruturas da empresa estão em perfeitas condições, a empresa decidiu ser prudente e encerrar as barragens: "Resolvemos não aceitar apenas esses pareceres e decidimos agir de outra maneira", disse.

"Os projetos estão prontos e serão enviados aos órgãos responsáveis nos próximos 45 dias e após a concessão das licenças ambientes iniciaremos imediatamente o processo para que todas sejam descomissionadas", afirmou o presidente da companhia, informando que os cinco mil trabalhadores dessas barragens deverão ser integrados pela Vale noutros polos.

O dirigente frisou ainda que, com o encerramento das estruturas, a Vale, uma das maiores exportadoras de ferro do mundo, vai deixar de produzir anualmente 40 milhões de toneladas de minério de ferro.

"É um esforço inédito de uma empresa de mineração no sentido de dar resposta cabal à altura da enorme tragédia que tivemos em Brumadinho", disse Schvartsman à imprensa brasileira.

Na sexta-feira, a rutura da barragem da empresa de mineração Vale no município de Brumadinho, na região metropolitana da cidade brasileira de Belo Horizonte, causou uma avalanche de lama e de resíduos minerais que soterrou parte das instalações da empresa e casas de moradores que viviam na área onde o desastre aconteceu.

A empresa já esteve envolvida há três anos noutro acidente semelhante, ocorrido numa das minas da sua subsidiária Samarco no estado de Minas Gerais, na cidade de Mariana, na qual morreram 19 pessoas.


Notícia atualizada às 23:19

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