Na tenda de venda de ‘merchandising’ (produtos promocionais) do Festival Bons Sons “os borrifadores baterem todos os recordes de procura e ficaram esgotados por volta das 16:00”, disse à Lusa uma das voluntárias responsáveis pelas vendas.

Ao preço de três euros, os borrifadores de mão, cujo ‘stock’ a organização espera conseguir repor ainda a hoje”, venderam-se “às centenas”, logo seguidos “das canecas”, dois produtos cuja procura, segundo a mesma voluntária, “ultrapassou largamente os pedidos de ‘tixas’ [uma lagarta feita em tecido que se tornou o símbolo do festival], que são normalmente o produto mais procurado”.

A corrida aos borrifadores deve-se ao facto de os termómetros marcarem às 17:00, em Cem Soldos, 39 graus, menos um do que a temperatura máxima prevista num ‘site’ que vaticinava para hoje “sol abrasador” na aldeia fechada para acolher o festival.

Isto apesar de a organização do festival ter providenciado “um borrifador gigante, com mais de duzentos metros de tubo [suspenso em redor dos palcos no largo da aldeia], ligado à rede pública” e que, periodicamente, lança borrifos de água sobre o público dos concertos.

No festival em cuja preparação toda a população da aldeia participa, a tarefa de “refrescar o público” foi ainda a atribuída a seis voluntárias munidas de um depósito com cinco litros de água que passeiam pelo recinto molhando os visitantes.

“Já abasteci várias vezes, mas as solicitações são muitas com cada vez mais pessoas a pedirem para as molhar”, afirmou Maria Pestana, a trabalhar pelo segundo ano no festival.

Rui Mourão, da organização, desconhecia hoje “quanto litros de água já foram gastos” para aumentar as condições de conforto dos festivaleiros.

“Algumas pessoas da comunidade queriam disponibilizar as duas piscinas para que, sobretudo as crianças, pudessem refrescar-se nas tardes mais quentes”, afirmou, lembrando, no entanto, que tal “obrigava a pedidos de licenciamento que inviabilizam essa solução”.

O Bons Sons decorre desde sexta-feira, em Cem Soldos, Tomar, e vai prolongar-se até segunda-feira, levando aos oito palcos da aldeia 50 concertos que comemoram os 10 anos do festival cujo recinto é toda a aldeia.

Cristina Branco e Deolinda são os destaques do cartaz de hoje, dia em que os festivaleiros poderão ainda ouvir LODO, Da Chick e Lavoisier.

A organização estima que até ao fecho do festival passem pela aldeia 40 mil pessoas.