“Não sei o que Joe Rogan pensa de mim ou do meu Governo, mas não importa. Se liberdade de expressão tem algum significado, é que todos podem dizer o que pensam, não importa se concordam ou discordam de nós”, escreveu o chefe de Estado brasileiro, em inglês, na sua conta pessoal no Twitter na noite de quarta-feira.
“Mantenha-se firme! Abraços do Brasil”, concluiu Bolsonaro, que tem mais de 7,2 milhões de seguidores naquela rede social.
O Presidente brasileiro, que constantemente minimizou a pandemia que já matou quase 630 mil pessoas no seu país e criticou as vacinas, viu várias das suas mensagens apagadas nas redes sociais por desinformação.
Em outubro, senadores exigiram, em vão, a suspensão das suas contas no Facebook, Twitter e Instagram, após a publicação de informações falsas sobre o novo coronavírus.
Joe Rogan, 54 anos, é um controverso apresentador norte-americano cujo podcast foi o mais ouvido no Spotify no ano passado.
É acusado de ter desencorajado a vacinação entre os jovens e de ter pressionado pelo uso de um tratamento não autorizado, a ivermectina, contra o coronavírus.
O seu programa “The Joe Rogan experience”, que foi emitido exclusivamente no Spotify desde 2020, tem uma média de 11 milhões de ouvintes por episódio.
No final de janeiro, o cantor Neil Young retirou as suas músicas da plataforma de música em protesto contra o facto de o Spotify ter esse tipo de conteúdo.
A cantora Joni Mitchell também anunciou a retirada dos seus títulos pelo mesmo motivo.
Face às críticas, o Spotify anunciou a introdução de links em todos os seus podcasts evocando a covid-19, que reencaminham os seus utilizadores para informações factuais e de origem científica, mas manteve o podcast de Joe Rogan.
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