"O WiseCrop é como um canivete suíço da agricultura", disse à Lusa um dos fundadores da empresa, Tiago Sá, explicando que o produto, "completo, prático e fácil de manusear", pode ser utilizado em diferentes tarefas e, por ser uma solução online, "até cabe no bolso".
De acordo com o empreendedor, as ferramentas interativas estão disponíveis para qualquer tipo de cultura - sendo o foco as culturas ao ar livre -, e incluem o apoio à rega, o acompanhamento da evolução da cultura a cada campanha, indicadores de risco de doenças e pragas, a criação e ajuste do plano nutricional, a elaboração "fácil" de um Caderno de Campo e a gestão da mão-de-obra.
A plataforma pode integrar sensores, como estações meteorológicas ou sondas de humidade do solo, bem como equipamentos já existentes na exploração em causa.
Serviços de imagem área recolhidas por drones, serviços agrometeorológicos e laboratórios de análises são outras das opções disponíveis no WiseCrop.
Por ser uma plataforma colaborativa, permite que diferentes entidades possam "trabalhar simultaneamente sobre a mesma informação", como é o caso de técnicos, associações de produtores e prestadores de serviços.
A ideia para criação da startup surgiu, segundo o jovem, em contexto académico, onde os envolvidos no projeto tiveram a possibilidade de trabalhar com uma tecnologia "inovadora" de transmissão de dados sem fios, a partir da qual desenvolveram o produto.
"Desde logo percebemos que esta solução teria muito interesse no setor agrícola e que a aquisição de dados nos permitia criar informação precisa e útil, tanto para o pequeno agricultor como para o grande empresário agrícola", concluiu Tiago Sá.
A sede da empresa, que conta com dez elementos das áreas de Engenharia Eletrotécnica, Informática e Agronómica, está situada no polo tecnológico do Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC).
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