Na comissão parlamentar de Saúde, onde hoje foi ouvido a pedido do Chega sobre a situação no Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), o presidente do sindicato, Rui Lázaro, foi questionado pelos deputados se houve avanços na reunião negocial que o STEPH teve hoje com a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, no Ministério da Saúde.
Rui Lázaro adiantou que na primeira reunião, no dia 07 de novembro, após a qual o sindicato decidiu a suspensão da greve às horas extraordinárias, apenas foi proposto o estabelecimento de pontos negociais.
Na reunião de hoje, o Ministério da Saúde apresentou as linhas gerais da proposta do Governo para a revisão da carreira e para a valorização salarial.
Segundo o sindicalista, foi também assinado um “compromisso escrito com reuniões periódicas de 10 em 10 dias para rever e valorizar determinados pontos” na proposta, entre os quais a valorização da carreira.
No seu entender, a valorização da carreira deve ser feita, “revendo-a, reformulando-a”, porque como “foi construída em 2016, é um desastre”.
A valorização salarial, a alteração do sistema de avaliação de desempenho e o acordo coletivo de trabalho são outros pontos que constam do protocolo negocial que hoje foram discutidos.
“Quanto à revisão da carreira, estamos mais próximos. Concordamos que a atual está muito longe de satisfazer os técnicos e dar a resposta que o país precisa. Portanto, aproximamo-nos mais aqui, ficámos mais distantes quanto à valorização salarial, aliás bastante distantes, [mas] não o suficientemente distantes, para interrompermos as negociações e voltarmos à greve”, salientou Rui Lázaro.
Segundo o dirigente sindical, a ministra da Saúde “prontificou-se de imediato” a apresentar uma nova proposta na próxima reunião, assim como o sindicato se comprometeu em apresentar “uma proposta corretiva às pequenas partes da valorização da carreira” que os profissionais consideram que podem ser melhoradas.
Adiantou que a próxima reunião ficou marcada para o dia 11 de dezembro.
Em 07 de novembro, o STEPH decidiu suspender a greve às horas extraordinárias, iniciada em 30 de outubro, para pedir a revisão da carreira e melhores condições salariais, depois de ter assinado um protocolo negocial com o Ministério da Saúde.
A situação criou vários problemas no sistema de emergência pré-hospitalar.
Pelo menos 11 pessoas terão morrido na última semana alegadamente em consequência dos atrasos no atendimento pelos Centros de Orientação de Doentes Urgentes do INEM.
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