“As propostas são pormenores muito pequenos que não justificam uma mudança face à nossa posição”, afirmou André Pestana, antes de entrar para a reunião suplementar pedida pelos sindicatos para continuar as negociações para um novo regime de recrutamento e colocação de professores.

Em declarações aos jornalistas, disse que a “expectativa é negativa” para a reunião, porque “é gravíssimo o que hoje está em cima da mesa”.

O coordenador nacional do Stop apontou as “linhas vermelhas” do documento que impedem um acordo, como o facto de se manter a criação de Conselhos de Quadros de Zona Pedagógica, de os professores efetivos “puderem ficar em várias escolas a dar aulas” ou de os contratados “que vinculem para o ano terem de concorrer a todo o país”.

Além do diploma, os sindicatos exigem que o ministério mostre abertura para outras matérias como a recuperação dos cerca de seis anos e meio de serviço congelado, que acabe com as vagas de acesso aos 5.º e 7.º escalões e as quotas na avaliação.

O Stop exige ainda um aumento salarial de 120 euros para todos os trabalhadores das escolas para fazer face à inflação.

Em declarações aos jornalistas, André Pestana disse estar “perplexo com a falta de resposta por parte da tutela” às reivindicações que têm feito e que levaram a uma greve por tempo indeterminado que começou há exatamente três meses, a 09 de dezembro.

Apesar das criticas, André Pestana sublinhou que a decisão sobre uma posição será tomada apenas no encontro nacional que se vai realizar em Coimbra a 18 de março com todos os profissionais de educação.

Hoje, dia que marca três meses desde o início das greves nas escolas convocadas pelo Stop, foi conhecida mais uma decisão do Colégio Arbitral, que decidiu manter os serviços mínimos nas escolas durante a próxima semana.

André Pestana acrescentou que o sindicato já apresentou “cinco ações contra os serviços mínimos, mas a justiça é lenta”.

As declarações do coordenador do Stop foram feitas à porta do ministério onde decorre um protesto de professores.

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