"As fronteiras iniciais do país mostram que estava demarcada pelo rio Limpopo, no norte, e pelo rio Mkhuze, no sul; até à cidade hoje conhecida como Pretória pertence à Suazilândia e a cidade então conhecida como Sophia (na província de Gauteng, em Pretória) foi habitada pelos suazis; a nossa história está intacta e podemos mostrar que o Rei Ngwane III foi o primeiro a atravessar as Montanhas Lubombo, o que nos dá o direito a reclamar alguma terra do Moçambique moderno", disse o príncipe Sicelo, um dos membros do comité, citado pelo jornal estatal Swazi Observer.
O artigo não explica qual a porção de território de Moçambique que o rei da Suazilândia reclama, mas pormenoriza que a primeira reunião do comité, na segunda-feira, "colocou as cartas na mesa e revelou que o seu mandato, conforme instruções do rei Mswati III, era recuperar para os suazis toda a terra perdida durante a era colonial, a leste, oeste, norte e sul, que vai até Pretória e à província do Limpopo".
"O encolhimento da terra Suazi foi o resultado da chegada dos colonos brancos, de várias concessões, tratados e convenções e por o país se ter tornado um Estado sob protetorado britânico", argumentou o membro da Procuradoria-Geral da Suazilândia nomeado para a comissão, 'Águia Leal' Thabiso Masina.
De acordo com o Swazi Observer, Masina "disse que a base do país para esta reclamação são as concessões e acrescentou que os suazis nunca foram derrotados em guerra para haver uma terra a ser reclamada pelo vencedor".
Fazendo a história geográfica do país desde meados do século XVIII, o príncipe Sicelo vincou que "é imperativo para os suazis saberem de onde vieram e o legado que perderam ao longo dos anos".
A Suazilândia faz fronteira com Moçambique a sul do país e é a única monarquia absoluta em África, sendo sistematicamente criticada por violação dos direitos humanos e esbanjamento da família real face à extrema pobreza que afeta a maioria da população.
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