A página da Internet da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGRL) adianta hoje que este homem está “indiciado pela prática de cinco crimes de homicídio qualificado na forma tentada, dois de ofensa à integridade física qualificados, outros dois crimes de ameaça agravada, um de coação agravada na forma tentada, um de dano e cinco crimes de furto qualificado”.

Segundo a PGDL, em causa está um inquérito que teve origem numa certidão extraída de um processo cuja acusação foi deduzida em março de 2022 e que, “presentemente, se encontra em julgamento”.

O arguido, já ouvido em primeiro interrogatório judicial e sujeito à medida de coação mais gravosa, “integrava um grupo que usava de violência extrema para exercer influência na zona da Mouraria e controlar os lojistas bengali que ali estabeleciam negócio”, acrescenta a PGDL.

No âmbito deste inquérito mais recente devido à extração de certidão, foi igualmente extraditado de França um outro arguido que também se encontra sujeito a prisão preventiva.

A investigação, que se encontra a cargo da Polícia Judiciária (PJ), é dirigida pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.

Segundo dados avançados pela comunicação social, os crimes que constavam do processo inicial, que se encontra atualmente em julgamento, ocorreram entre 2019 e 2020 na Mouraria contra lojistas da comunidade bengali, a quem, através da violência, extorquiam dinheiro, atuando numa espécie de esquema mafioso e organizado.

Após uma operação da PJ em 2021 e que pôs fim ao esquema, três imigrantes do Bangladesh foram acusados pelo Ministério Público de uma vaga de crimes graves sobre compatriotas seus, “gerando o terror” na comunidade, em Lisboa.

Estes arguidos em julgamento respondem por cinco crimes de homicídio tentado (contra a mesma vítima), dois de ofensas qualificadas, dois de ameaça, um de coação tentada, cinco de furto qualificado, um de dano e dois de posse de arma.

O arguido agora extraditado e sujeito a prisão preventiva é da mesma nacionalidade.