Estas são as maiores manifestações realizadas na capital tailandesa desde o golpe de Estado liderado em 2014 por Prayut, que após cinco anos na junta militar foi nomeado chefe do Governo, em junho passado, na sequência de eleições criticadas por falta de transparência.
“Fora Prayut!” era o grito dos participantes na “Corrida contra a ditadura”, um evento antigovernamental organizado por um grupo de estudantes universitários através das redes sociais, que decorreu num parque de Banguecoque e no qual participou também o líder opositor Thanathorn Juangroongruangkit.
“O primeiro passo para democratizar a Tailândia era a demissão do general Prayut”, disse aos jornalistas Thanathorn.
O líder opositor, que foi destituído do mandato de deputado em novembro passado, na sequência de um dos vários processos judiciais que lhe foram aplicados pelas autoridades pró-militares, chegou ao parque vestido com roupa desportiva e rodeado por um grupo alargado de apoiantes.
Thanathorn, um empresário de 41 anos, também defendeu a necessidade de se reformar a Constituição para democratizar a Tailândia, onde atualmente o Senado, que não é eleito nas urnas, nomeia o primeiro-ministro, juntamente com os deputados.
Num outro parque da capital, pelo menos cinco mil apoiantes de Prayut, que empunhavam bandeiras tailandesas, realizaram uma marcha.
“Em frente, tio Tu!”, gritavam os manifestantes, recorrendo ao diminutivo do primeiro-ministro tailandês.
Os dois eventos decorreram sem incidentes em Banguecoque, onde dezenas de pessoas morreram em manifestações realizadas em 2010, 2013 e 2014.
Desde o golpe de Estado de 2006 que a Tailândia vive uma profunda divisão política e social entre os setores ultramonárquicos da sociedade próximos das Forças Armadas e os movimentos pró-democracia.
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