“Felizmente, hoje estamos a celebrar o aniversário da independência da Grã-Bretanha. Ao mesmo tempo, como resultado da nossa resistência jihadista, forçámos outro arrogante do poder do mundo, os Estados Unidos, a falhar e a recuar do nosso território sagrado do Afeganistão”, disseram os talibãs, numa declaração citada pela agência Associated Press.
O Dia da Independência do Afeganistão comemora o tratado de 19 de agosto de 1919, que pôs fim ao domínio britânico na nação da Ásia Central.
Depois de terem imposto um regime extremista no Afeganistão entre 1996 e 2001, os talibãs conquistaram novamente o poder no domingo, depondo o Governo do Presidente, Ashraf Ghani, eleito em 2014.
O movimento extremista começou a sua ofensiva em maio, coincidindo com o início da retirada das forças militares dos Estados Unidos e dos seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês), que deveria estar concluída em 31 de agosto.
As forças internacionais estavam no país há 20 anos, no âmbito da ofensiva liderada pelos EUA contra o regime dos talibãs, que acolhia no seu território o líder da Al-Qaida, Osama bin Laden, principal responsável pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.
Nos últimos dias, diversos países têm tentado retirar de Cabul milhares de pessoas, entre os seus nacionais e funcionários afegão das suas embaixadas e organizações, numa operação que envolve a segurança do aeroporto da capital por militares norte-americanos.
Numa entrevista ao canal ABC News na quarta-feira, o Presidente dos EUA, Joe Biden, disse que os militares do país vão permanecer no Afeganistão até que termine a operação de retirada de norte-americanos e aliados, mesmo para lá de 31 de agosto.
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