No debate com o Governo sobre política geral, o último enquanto líder do BE, Catarina Martins questionou António Costa, mais do que uma vez, sobre qual foi “a base legal” para a atuação do SIS na noite de 26 de abril no caso que envolve um ex-adjunto do Ministério das Infraestruturas.

Na resposta, o primeiro-ministro considerou que as “questões estão bastante claras” e reiterou que se tratou do desaparecimento de documentos classificados, afirmando não ver “qualquer tipo de ilegalidade” na atuação do SIS.

“Nenhum membro do Governo, direta ou indiretamente, deu qualquer instrução, ordem ou orientação ao SIS para proceder a essa ação”, reiterou, mais à frente, perante a insistência de Catarina Martins.

Costa diz ter falado com Marcelo sobre caso das Infraestruturas, mas não informou sobre SIS

O primeiro-ministro afirmou hoje que falou com o ministro das Infraestruturas apenas depois da atuação do SIS, tal como falou naquela noite com outros ministros e com o Presidente da República.

Esta resposta foi dada ao líder parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, mas depois complementada em discussão com o presidente do Chega, André Ventura, tendo António Costa clarificado que não falou com Marcelo Rebelo de Sousa sobre a atuação dos serviços de segurança.

"Se eu disse de alguma forma que tinha informado o senhor Presidente da República sobre a intervenção do SIS, aproveito a sua pergunta para corrigir imediatamente. Eu nunca informei o senhor Presidente da República sobre a intervenção do SIS, que fique claro". disse o primeiro-ministro a Ventura.

Antes, em resposta a Miranda Sarmento, o primeiro-ministro tinha afirmado: “No dia em que regressei de férias, um jornalista da RTP perguntou-me se tinha tido prévio conhecimento e eu disse que não tive, o que era rigorosamente verdade. Outra coisa a que não respondi porque também ninguém me perguntou era saber se eu tinha ou não falado com o ministro João Galamba, como falei com outros ministros, com o Presidente da República e com 'n' pessoas”.