Carlos Lima, da Federação Portuguesa do Táxi, afirmou à Lusa que a reunião foi pedida pelos taxistas, no encontro que decorreu com a polícia para preparar os protestos que decorrem na avenida dos Aliados desde cerca das 06:00.
“Na reunião vão estar presentes três taxistas”, seguindo as indicações da autarquia, acrescentou.
Cerca de uma centena de taxistas estão concentrados nos Aliados em protesto contra a lei que regula as plataformas eletrónicas de transporte em veículos descaracterizados que operam em Portugal, que deverá entrar em vigor em 01 de novembro.
Desde 2015, este é o quarto grande protesto contra as plataformas que agregam motoristas em carros descaracterizados, cuja regulamentação foi aprovada, depois de muita discussão, no parlamento, em 12 de julho.
Em Lisboa, desde as 05:00, as viaturas começaram a chegar à praça dos Restauradores, ocupando ainda a avenida da Liberdade. A fila prolonga-se até à avenida da República. Segundo a organização, há mais de mil táxis reunidos na capital.
Em Faro protesto teve início às 07:00, na Estrada Nacional 125-10, junto ao aeroporto. Juntaram-se no local cerca de 200 motoristas.
Os representantes do setor do táxi enviaram à Assembleia da República um pedido para serem hoje recebidos pelos deputados, a quem vão pedir que seja iniciado o procedimento de fiscalização sucessiva da constitucionalidade do diploma e que, até à pronúncia do Tribunal Constitucional, se suspendam os efeitos deste, “por forma a garantir a paz pública”.
Um dos principais ‘cavalos de batalha’ dos taxistas é o facto de na nova regulamentação as plataformas não estarem sujeitas a um regime de contingentes, ou seja, a existência de um número máximo de carros por município ou região, como acontece com os táxis.
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