O grupo, que tem sede no estado norte-americano da Califórnia, assinou hoje um acordo para a transferência dos terrenos onde vai ser construída a fábrica.
As novas instalações foram anunciadas em julho passado, depois de Pequim ter-se comprometido a eliminar os limites de propriedade para fabricantes de veículos elétricos, e a Tesla manteve os planos, apesar das crescentes disputas comerciais entre EUA e China, motivadas pelas ambições chinesas para o setor tecnológico.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, impôs já taxas alfandegárias sobre 250 mil milhões de dólares de importações oriundas do país asiático.
Em causa está a política de Pequim para o setor tecnológico, nomeadamente o plano “Made in China 2025″, que visa transformar o país numa potência tecnológica, com capacidades em setores de alto valor agregado, como inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros elétricos.
Os EUA consideraram que aquele plano, impulsionado pelo Estado chinês, viola os compromissos da China em abrir o seu mercado, nomeadamente ao forçar empresas estrangeiras a transferirem tecnologia e ao atribuir subsídios às empresas domésticas, enquanto as protege da competição externa.
A China é o maior mercado automóvel do mundo e o segundo maior para a Tesla, a seguir aos EUA.
General Motors, Volkswagen ou Nissan são outros grandes fabricantes de automóveis que estão a investir milhares de milhões de dólares no fabrico de veículos elétricos na China.
A produção local elimina os riscos do aumento de taxas alfandegárias e outras barreiras às importações.
“É um importante marco para o que será o nosso próximo local de fabrico desenvolvido de forma sustentável e sofisticado”, afirmou o vice-presidente da Tesla Robin Ren, em comunicado.
A Tesla afirmou antes que a produção em Xangai vai arrancar dentro de dois a três anos após concluída a construção da fábrica e, eventualmente, aumentar para 500.000 veículos por ano.
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