Esta é a décima paralisação que os motoristas da RL realizam desde julho do ano passado.
A paralisação de 04 de março terá a duração de 24 horas, com início às 03:00.
“Vamos fazer novamente greve dia 04 e prolongar a greve ao trabalho extraordinário durante esse mês. Isto continua na mesma e a administração não cede e não está minimamente preocupada com aquilo que está a acontecer”, referiu à Lusa o presidente do Sindicato Independente dos Trabalhadores da Rodoviária de Lisboa (SITRL), João Casimiro.
Os trabalhadores da RL reivindicam um aumento salarial para os 750 euros, de forma a “compensar a subida do salário mínimo”.
“Não estamos a pedir nenhuma fortuna. Estamos a exigir ou a pedir 45 euros acima do ordenado mínimo nacional. Achamos que não é nada por aí além para o trabalho que nós temos. Não percebemos o porquê de a empresa não estar a aceitar as nossas reivindicações”, apontou.
Atualmente, o ordenado médio de um trabalhador da RL é de cerca de 700 euros (brutos), enquanto o ordenado mínimo nacional é de 705 euros.
Além da questão salarial, o sindicalista alertou para o facto de estarem a sair cada vez mais motoristas da RL para outras empresas do setor que “pagam muito melhor” e para as dificuldades de recrutamento.
A Lusa contactou a Rodoviária de Lisboa, mas não obteve resposta, até ao momento.
João Casimiro admite que os trabalhadores possam realizar até julho deste ano uma paralisação mensal.
Em julho, a RL vai passar a integrar a recém-criada Transportes Metropolitanos de Lisboa, que operará nos 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa.
Atualmente, a Rodoviária de Lisboa, empresa de transporte rodoviário de passageiros, opera nos concelhos de Lisboa, Loures, Odivelas e Vila Franca de Xira, todos no distrito de Lisboa, servindo cerca de 400 mil habitantes.
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