“Todos os meses estes trabalhadores irão fazer um dia de greve, enquanto a empresa SUCH não lhe reconhecer a sua antiguidade e o seu saber”, disse António Baião, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Centro.
O dirigente sindical, que falava na Praça da República, onde os trabalhadores se concentraram antes do desfile à Administração Regional de Saúde do Centro para uma “melhoria das suas condições de trabalho”, referiu que “muitos destes trabalhadores, trabalham há mais dez, quinze anos e recebem hoje cinco euros acima do salário mínimo nacional”.
Este é o quarto dia de greve nas unidades hospitalares de Viseu, Leiria e Coimbra, nos serviços de alimentação, lavandaria/rouparia, resíduos e manutenção.
Os trabalhadores aprovaram em frente à ARS do Centro uma moção para exigir aumentos salariais e alertar para a melhoria das condições de trabalho no Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH).
Na moção entregue à ARS do Centro os trabalhadores alegam que estiveram sempre na linha da frente na fase da pandemia, ao assegurar alimentação e outros de serviços de apoio nos hospitais, sem nunca serem valorizados pela administração do SUCH nem pelo Governo.
Nesse documento, os trabalhadores exigem “aumentos salariais”, “redução do horário de trabalho para 35 horas semanais”, “atualização do subsídio de alimentação”, “criação de um regime de diuturnidades”, “reforço dos quadros de pessoal e redução dos ritmos de trabalho”.
A “melhoria das condições de trabalho” e das “instalações e equipamentos” são outras das medidas que constam na moção.
“Nós fomos recebidos por uma representante, a senhora que faz o secretariado à senhora presidente da ARS do Centro, que assumiu o compromisso de não só transmitir a nossa mensagem, mas também aquilo que nós exigimos, que é que a ARS Centro responda num espaço curto de tempo, de como vai fazer a sua influência junto à administração dos hospitais e do SUCH para que estas questões sejam discutidas e resolvidas”, referiu António Baião.
O dirigente do sindicato deu nota de que está a ser uma “greve bastante participada”, sublinhando que neste momento estão apenas assegurados os “serviços mínimos”.
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