A greve, que se realiza entre segunda-feira e sexta-feira, é promovida por uma plataforma sindical composta pela Federação de Sindicatos da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (FESAP), Sindicato Nacional dos Registos (SNR) e Associação Sindical dos Conservadores dos Registos (ASCR).

Em causa está a revisão das carreiras e do sistema remuneratório, que os sindicatos defendem que deve ser feita em conjunto.

Rui Rodrigues, vice-presidente do Sindicato Nacional dos Registos, disse à agência Lusa que as carreiras dos funcionários do IRN não são revistas há cerca de 40 anos.

O sindicalista avançou que há “um incumprimento por parte do Governo” em relação ao que está previsto no Orçamento do Estado para 2018, que estabelecia que as carreiras deviam estar publicadas em janeiro e o sistema remuneratório em junho.

Os três sindicatos decidiram avançar para a paralisação, uma vez que não obtiveram do Governo, pela via da negociação, “as respostas pretendidas às justas reivindicações” ao longo das reuniões no Ministério da Justiça.

O início da greve vai ser marcado por uma concentração de trabalhadores do IRN em frente ao Ministério da Justiça e no final da vigília os representantes sindicais vão entregar uma carta com as principais reivindicações a Francisca Van Dunem.

De fora da paralisação de cinco dias está o Sindicato dos Trabalhadores dos Registos e do Notariado (STRN), que num comunicado hoje divulgado considera “ser inoportuna e até prejudicial a greve decretada por outras organizações sindicais do setor”.

O STRN, que afirma ser a maior organização sindical do setor com mais de 70% dos cerca de 5.000 trabalhadores no IRN, refere que o Governo alterou o projeto inicial, tendo sido acolhidas as reivindicações deste sindicato.

“A versão final do projeto de carreiras remetida pelo Governo corresponde a uma das maiores aspirações dos trabalhadores dos Registos e Notariado e que se vem arrastando há 39 anos”, sublinha ainda o STRN.