Os efeitos da paralisação começaram-se a sentir ainda na noite de segunda-feira, com o encerramento de todas as estações às 23:00.
Hoje, o metro vai funcionar “das 06:30 às 01:00, mas a 25% da circulação normal, prevendo-se tempos de espera superiores ao habitual já que, de acordo com a decisão do Tribunal Arbitral, foram decretados serviços mínimos obrigatórios de 25%”, segundo indicou a empresa numa nota divulgada no seu ‘site’.
Ainda segundo a empresa, a normalização do serviço é esperada a partir das 06:30h de quarta-feira.
Na base da paralisação de 24 horas dos trabalhadores do metro estão revindicações de melhores condições de trabalho e aumentos salariais.
Em declarações à Lusa, na segunda-feira, Anabela Carvalheira estimou que os tempos de espera rondem “os 20/25 minutos” e relembrou que o metropolitano é um “meio de transporte rápido e no subsolo, que não está preparado para estas situações”.
“Não vão estar reunidas as condições de segurança necessárias”, frisou, explicando que, com os tempos de espera previstos, “rapidamente se enchem os cais”, o que poderá gerar situações de insegurança, quer para passageiros, quer para trabalhadores.
A sindicalista sugeriu, por isso, aos utentes do metro para hoje escolherem outro meio de transporte.
Já este mês, os sindicatos tinham marcado uma greve para o dia 12, que foi depois desconvocada por terem sido decretados serviços mínimos.
Agora, apesar de terem novamente sido decretados serviços mínimos, os sindicatos não desconvocaram a greve e apelaram ao sentido de responsabilidade dos trabalhadores notificados pela empresa para garantirem o cumprimento desses mesmos serviços mínimos.
O Metropolitano de Lisboa opera diariamente com quatro linhas: Amarela (Rato-Odivelas), Verde (Telheiras-Cais do Sodré), Azul (Reboleira-Santa Apolónia) e Vermelha (Aeroporto-São Sebastião). Normalmente, o metro funciona entre as 06:30 e as 01:00.
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