Em declarações à Agência Lusa, Victor Narciso considerou que a situação que vivem atualmente os trabalhadores dos CTT é “muito grave” e, por isso, o sindicato decidiu avançar com a realização de uma greve geral como medida de protesto.

Entre as reivindicações, Victor Narciso destacou a contratação de pessoal, uma vez que a escassez de mão-de-obra tem como consequência a sobrecarga dos trabalhadores.

“Os trabalhadores das distribuições estão a fazer dobras (o dobro do trabalho)” e, neste momento, “muitos trabalhadores estão de baixa”, nalguns casos baixas psiquiátricas, devido ao excesso de trabalho e às pressões sofridas quando não conseguem terminar o serviço que lhes é atribuído, acrescentou aquele dirigente sindical.

O encerramento de estações de correios é também alvo de protesto por parte do SNTCT. Segundo Victor Narciso, o próximo posto a fechar será o da freguesia da Venda Nova, no concelho da Amadora, e “ainda vão fechar mais”.

Hoje, o SNTCT entregou uma petição na Assembleia da República que reivindica a profissão de desgaste rápido para os carteiros.

O secretário-geral do SNTCT, esclareceu à Lusa que esta petição conta com 5.200 assinaturas e que a ideia inicial era entregá-la mais tarde, porém, dada a “urgência” da matéria, o sindicato decidiu entregá-la na Assembleia da República hoje.

“É de facto uma profissão com muita penosidade associada”, defendeu Victor Narciso, apontando o “grande grau de sinistralidade” a que os carteiros estão sujeitos, o tempo passado a andar a pé e as doenças que poderão ser consideradas profissionais como algumas das razões para esta exigência.