A concentração decorrerá entre as 12:00 e as 14:00 na rua Tenente Valadim, junto ao edifício da PT, estando prevista a presença do secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos.
De acordo com os sindicatos e a Comissão de Trabalhadores da PT/MEO, em causa está a luta “pela defesa dos postos de trabalho e da estabilidade social na empresa”.
As organizações representativas dos trabalhadores (ORT) garantem que mantêm “o compromisso sério e firme de tudo continuar a fazer para resgatar os 155 trabalhadores transmitidos para empresas externas, para recolocar os trabalhadores nas funções que sempre desempenharam e que, de forma abrupta e inexplicável, se encontram desocupados ou semi-ocupados”.
Assumem também “o compromisso de continuar a persistir na responsabilização do atual Governo, da Assembleia da República e dos partidos políticos”, exigindo uma “discussão séria em defesa da empresa PT e dos postos de trabalho”.
As preocupações com a situação laboral da operadora de telecomunicações passam pelas cerca de 1.400 rescisões contratuais em dois anos, pelos cerca de 300 trabalhadores que ficaram sem funções, a que se junta a mudança de mais de 150 funcionários para empresas do grupo da multinacional de comunicações e conteúdos, que detém a PT Portugal, recorrendo à figura de transmissão de estabelecimento.
Já em 21 de julho, mais de 2.000 funcionários e ativistas da operadora adquirida pela multinacional francesa Altice marcharam, em dia de greve, entre a sede da PT, em Picoas (Lisboa), e a residência oficial do chefe de Governo, em São Bento, mas foram recebidos por um assessor de António Costa para os assuntos financeiros.
Depois disso, em agosto, fizeram mais manifestações em Lisboa, nomeadamente em frente à Presidência do Conselho de Ministros, para tentarem ser recebidos por António Costa.
Nesta concentração marcada para hoje no Porto, as ORT pretendem ainda transmitir “a perspetiva das ações futuras” de luta que pretendem “intensificar”.
O executivo socialista tem defendido a intervenção da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) para averiguar da legalidade da situação, mas aquela entidade, segundo representantes sindicais que com ela se reuniram, terá reconhecido constrangimentos para atuar em concreto sem que a legislação seja alterada.
A operadora, do grupo Altice, anunciou em 14 de julho o lançamento de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) abrangendo as ações representativas dos restantes 5,31% do capital do grupo Media Capital, dono nomeadamente da TVI.
A Autoridade da Concorrência (AdC), presidida por Margarida Matos Rosa, vai analisar se a compra de um grupo maioritariamente ativo nos setores da televisão, rádio, serviços de Internet, produção audiovisual e na distribuição musical e cinematográfica abre oportunidades para abusos de posição dominante da Atice naqueles setores.
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