“O que aconteceu é que hoje estão a ser menos camiões utilizados nessa tarefa [de transporte de água entre barragens] e uma parte boa dos camiões que estavam com essa tarefa estão a ser desinfetados para transferir água tratada entre estações de tratamento, que estão ali próximas, e os próprios reservatórios”, afirmou Matos Fernandes aos jornalistas, em Vila Nova de Gaia, distrito do Porto.

Segundo o ministro, a transferência de água entre barragens “não foi suspensa” e “esta mudança nada tem a ver com o final do problema, [porque o problema] não está resolvido”.

“Portugal está em seca e aquele é um dos sítios onde os efeitos da seca são mais evidentes, e é fundamental continuar a poupar água”, sublinhou João Pedro Matos Fernandes, explicando que os pontos de descarga de água na barragem de Fagilde “estão mais limitados”, porque se trata de “estradões de terra”, o que torna “mais difícil ter 50 camiões a operar [ali] com água bruta”.

O ministro adiantou que a partir de sábado os “próprios camiões do Exército vão começar a transportar água bruta de umas nascentes mais a jusante do rio Dão” para combater o problema.

Questionado para quantos camiões cisterna deu a chuva dos últimos dias, Matos Fernandes disse que “ninguém responde mesmo a uma pergunta dessas”, mas que “não foi muito significativo” o volume de água da chuva e que “o problema está longe de estar resolvido”.

O governante classificou o projeto de transferência de água entre barragens “absolutamente exemplar, onde as autarquias estão a ter um papel importantíssimo, sendo elas as ultimas responsáveis pelo abastecimento de água às populações”.

“Uma parte deixou de transportar água bruta para transportar água tratada entre reservatórios”, reafirmou.

já hoje de manhã, fonte da Câmara de Viseu tinha dito à agência Lusa que a operação camarária também se mantinha.