Dos 13 formandos, dois são oficiais, dois sargentos e nove praças, segundo informações disponibilizadas em julho pelo Exército.

O 128.º curso de Comandos começou em 7 de abril com 57 instruendos e tinha registado até meados de maio 40 desistências, todas a pedido.

Desde maio saíram mais quatro instruendos, restando os 13 formandos que receberão hoje a boina e o crachá da tropa Comando, numa cerimónia que será presidida pelo ministro da Defesa, Azeredo Lopes, e irá decorrer no Regimento de Comandos, na Carregueira.

O número de desistências no 128.º curso ultrapassou em grande medida as saídas registadas no anterior curso, que ficou marcado pela morte de dois instruendos, Hugo Abreu e Dylan Silva, que ainda estão a ser investigadas.

No 127.º curso, em 2016, 27 dos 67 candidatos iniciais decidiram voluntariamente abandonar a formação.

Antes da cerimónia que marca o encerramento do 128.º curso de Comandos, o ministro da Defesa Nacional irá presidir à entrega do Estandarte Nacional à 2.ª Força Nacional Destacada (FDN) na missão da Organização das Nações Unidas (ONU) na República Centro-Africana (MINUSCA).

Na semana passada, fonte do Exército disse à Lusa que a partida do 2.º contingente militar para a missão da ONU na República Centro Africana (RCA) está prevista para os dias 25 de agosto e 04 de setembro.

No dia 25 de agosto deverá partir de Lisboa o Destacamento Avançado e no dia 04 de setembro sairá o grosso da força, composta por cerca de 160 homens.

As datas exatas vão depender, no entanto, das "condições operacionais no terreno e dos procedimentos administrativos inerentes à contratação de meios para o efeito", afirmou o porta-voz do Exército, tenente-coronel Vicente Pereira.

A rendição da 1.ª Força Nacional Destacada (FND) estava prevista para o fim de julho, mas teve que ser adiada por o Exército ter de substituir seis dos militares, comandos, que por terem sido acusados no âmbito de um processo criminal não poderão integrar a missão da ONU (MINUSCA).

Os seis militares substituídos foram acusados pelo Ministério Público, na sequência da morte de dois militares no 127.º curso de Comandos, em setembro do ano passado.

Segundo regras estabelecidas pela ONU em janeiro de 2016, as missões das Nações Unidas não poderão integrar qualquer militar alvo de acusação em processos criminais.

A ONU requer que nenhum militar destacado tenha sido condenado, esteja sob investigação ou tenha sido acusado "de qualquer delito criminal" ou de qualquer violação dos direitos humanos.

O primeiro contingente da Força Nacional Destacada na MINUSCA partiu em meados em janeiro, atuando como Força de Reação Rápida da ONU, na linha da frente das operações dos capacetes azuis naquele país, em conflito civil desde 2013.