O uso de máscaras é obrigatório dentro dos tribunais, há cerca de um mês, de modo a evitar a propagação da covid-19. Neste sentido, foram já adquiridos pelo Ministério da Justiça cerca de 340 mil exemplares, destinados a funcionários e magistrados.

Conta o Jornal de Notícias, esta terça-feira, que o Tribunal Administrativo e Fiscal de Sintra recebeu pelo duas caixas de 50 máscaras descartáveis com bichos nas suas embalagens. Face ao sucedido, a Direção-Geral da Administração da Justiça (DGAJ), dependente do Ministério da Justiça, vai "apurar se existem situações semelhantes" noutros tribunais.

As caixas de máscaras terão sido importadas dos Países Baixos e o produto foi fabricado e embalado na China, pelo que os bichos terão aí tido origem.

Ao JN, António Albuquerque, coordenador regional de Lisboa do Sindicato dos Funcionários Judiciais, mostra indignação. "Torna-se ridículo. As máscaras servem para proteger quem trabalha nos tribunais, para proteger de um bicho e vêm com outro bicho", frisa.

A DGAJ já garantiu que as caixas com defeito se encontram "em recolha" e vão ser substituídas durante o dia de hoje. Foi ainda referido que "não existe registo desta situação se ter verificado em outros tribunais", havendo contudo a garantia de se apurar "se existem situações semelhantes", sendo estas devidamente regularizadas se for o caso.

Segundo dados divulgados pela tutela, já foram investidos 600 mil euros em materiais de proteção para os tribunais, para que estes funcionem em segurança. Contudo, as associações do setor têm mostrado algumas reservas quanto à existência de condições. A Ordem dos Advogados criou um email (tribunal.inseguro@oa.pt) para que os profissionais possam denunciar falhas nas condições de segurança sanitária dos tribunais.

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