A Arábia Saudita será o primeiro país estrangeiro a ser visitado por Trump desde que tomou posse a 20 de janeiro deste ano. O Presidente norte-americano inicia este primeiro périplo internacional na sexta-feira (dia 19).
Depois de Riade, o chefe de Estado norte-americano segue para Israel, territórios palestinianos e Europa, incluindo uma passagem pelo Vaticano, onde terá um encontro com o papa Francisco, a 24 de maio.
O discurso em Riade, que será pronunciado diante de líderes “de mais de 50 países muçulmanos”, visa “reunir o mundo muçulmano contra os inimigos comuns da civilização e demonstrar o compromisso da América para com os parceiros muçulmanos”, declarou hoje o general H.R. McMaster, que chefia o Conselho de Segurança Nacional, em declarações na Casa Branca.
O chefe de Estado norte-americano vai falar sobre “a necessidade de enfrentar as ideologias radicais” e sobre a sua “esperança para uma visão pacífica do Islão”, acrescentou o representante.
Trump vai depois participar na inauguração de um centro cujo objetivo será “combater o radicalismo e promover a moderação”, disse o general.
Acusado pelos críticos de promover um sentimento de islamofobia, Trump assinou durante os seus primeiros 100 dias de mandato presidencial um decreto controverso – atualmente bloqueado pela justiça – que visa encerrar temporariamente as fronteiras americanas a cidadãos de seis países de maioria muçulmana: Irão, Líbia, Síria, Somália, Sudão e Iémen.
Ainda sobre esta primeira deslocação de Trump ao estrangeiro, o conselheiro para a segurança nacional informou que o Presidente Trump segue depois para Israel, onde será recebido na segunda-feira (dia 22 de maio) pelo primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
No dia seguinte, Trump vai à cidade de Belém, nos territórios palestinianos ocupados, onde “vai apoiar a necessidade de facilitar um acordo para acabar com o conflito (israelo-palestiniano) e pedir aos líderes para tomarem medidas que ajudem a conduzir no sentido da paz”, referiu McMaster.
Esta viagem surge num contexto de plena evolução do dossiê israelo-palestiniano no qual os Estados Unidos sempre desempenharam um papel único como mediador.
Em meados de fevereiro, Trump acolheu Netanyahu na Casa Branca, tendo depois recebido, no início deste mês, o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas.
Ao receber Abbas, Trump declarou-se convencido da possibilidade de alcançar um acordo de paz entre Israel e os palestinianos.
“Nós queremos fazer a paz entre Israel e os palestinianos. Lá chegaremos”, disse então Trump numa declaração conjunta após o encontro, embora mantendo-se bastante evasivo quanto à forma como espera obter tal resultado numa matéria em que todos os seus antecessores falharam.
Outra questão que deverá ser abordada nesta deslocação é a ideia lançada pela administração Trump, e que está atualmente sob avaliação, de mudar a embaixada norte-americana de Telavive para Jerusalém.
"Mudar a embaixada faria avançar [o processo de paz entre Israel e a Palestina], ao corrigir uma injustiça histórica e destruir a fantasia palestiniana de que Jerusalém não é a capital de Israel", considerou Netanyahu, num comunicado divulgado no domingo último.
Depois do Médio Oriente, Trump segue para a Europa para um encontro no Vaticano com o papa Francisco e para participar nas suas primeiras cimeiras da NATO, em Bruxelas (dia 25 de maio), e do grupo dos sete países mais ricos do mundo (G7), na Sicília (dias 26 e 27 de maio).
McMaster confirmou hoje que Trump terá em Bruxelas um almoço de trabalho com o novo Presidente francês, Emmanuel Macron, no dia 25 de maio.
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