Desde as 08:00 locais (05:00 em Lisboa), cerca de 61 milhões de eleitores puderam exercer o seu direito de voto nas 192.000 urnas distribuídas pelas 81 províncias do país, com um sexto dos eleitores a votarem na região de Istambul.
Com a maioria das sondagens a anteciparem a derrota de Erdogan nas eleições presidenciais, o acto eleitoral na Turquia constitui também uma prova da capacidade de sobrevivência política do atual chefe de Estado de 69 anos.
As últimas sondagens divulgadas preveem uma vitória apertada de Kiliçdaroglu sobre Erdogan, o que evitaria uma segunda volta dentro de duas semanas, mas é possível, contudo, que nenhum dos dois consiga a maioria absoluta nesta primeira volta.
De acordo com as sondagens, o terceiro candidato, o nacionalista Sinan Ogan, não obterá mais de 3%, o suficiente para que Kiliççdaroglu ou Erdogan não consigam a maioria.
Nas eleições parlamentares, as sondagens indicam que a coligação do partido de Erdogan e o ultranacionalista MHP não renovam a maioria absoluta, ainda que a aliança social-democrata do CHP com o nacionalista IYI também não o faça, pelo que, o partido de esquerda HDP será decisivo.
Na Turquia, onde o voto é obrigatório, embora o controlo seja pouco rigoroso, a afluência às urnas deverá superar os 80%.
Até ao encerramento das assembleias de voto não se podia difundir noticias relacionadas com as eleições e os meios de comunicação estão proibidos de informar sobre os resultados até às 21:00 (18:00 em Lisboa), podendo, no entanto, a Comissão Eleitoral levantar essa proibição antes.
O Conselho supremo eleitoral (Yüksek Seçim Kurulu,YSK) vai anunciar os resultados provisórios na noite de hoje, mas a contagem final oficial apenas será divulgada na próxima sexta-feira.
Para as eleições legislativas concorrem 24 partidos, a maioria em coligações para tentarem ultrapassar a barreira mínima dos 7% que permite a eleição de deputados para a Grande Assembleia Nacional (Parlamento), com 600 lugares.
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