O responsável europeu, que contactou o primeiro-ministro arménio, Nikol Pachinian, e o Presidente azeri, Ilham Aliev, afirmou num ‘tweet’ que a União Europeia (UE) está a trabalhar com os dois países, com estatuto de parceria, para “ultrapassar as tensões” e garantir “um Cáucaso do sul próspero e estável”.

Estes confrontos eclodiram após várias semanas de escalada, fazendo recear um reinício da sangrenta guerra que em 2020 opôs os dois países rivais do Cáucaso no enclave de Nagorno-Karabakh.

Numa referência à situação no terreno, o ministério da Defesa da Arménia indicou hoje que 12 soldados arménios foram detidos pelas forças azeris no decurso dos confrontos armados junto à fronteira comum.

“Doze efetivos das Forças Armadas da Arménia, incluindo sete militares profissionais e cinco recrutas, foram feitos prisioneiros”, informou o ministério em comunicado difundido nas redes sociais.

Os militares arménios acrescentaram que a intensidade dos combates “não diminuiu”, e que o inimigo continuava a utilizar artilharia pesada.

O ministério dos Negócios Estrangeiros arménio também difundiu um comunicado no qual apela à comunidade internacional, incluindo a Rússia e o Grupo de Minsk, para promover a resolução do conflito no Nagorno-Karabakh, e à aliança militar pós-soviética Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC) a “reagir perante as ações do Azerbaijão que colocam em perigo a paz e estabilidade regionais”.

A Arménia também admitiu diversas baixas militares nos combates que prosseguiam hoje contra o Azerbaijão, sem precisar o número, e com os responsáveis da Defesa indicaram a perda do controlo de “duas posições militares”.

A Arménia também afirmou ter infligido “importantes perdas humanas” às forças azeris.

Após acordo de cessar-fogo foi estabelecido o envio de uma força militar russa de manutenção da paz.

No outono de 2020, a Arménia e o Azerbaijão envolveram-se num curto mas sangrento conflito em torno do enclave de Nagorno-Karabakh — já palco de uma primeira guerra no início da década de 1990 — e que provocou mais de 6.500 mortos.

Os combates implicaram uma pesada derrota da Arménia, forçada a ceder diversas regiões situadas em torno do enclave separatista de maioria arménia, em território do Azerbaijão, e agora mais expostas às eventuais ofensivas das forças militares azeris.