“A UE condena veementemente o ataque com mísseis russos ao porto de Odessa. Atingir um alvo crucial para as exportações de cereais, um dia após a assinatura dos acordos de Istambul, é particularmente repreensível”, escreveu o Alto-Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, no seu perfil no Twitter.
Segundo frisou, este ataque demonstra, “mais uma vez, o total desrespeito da Rússia pelas leis e pelos compromissos internacionais”.
A embaixadora dos EUA na Ucrânia, Bridget Brink, também usou a conta Twitter para condenar este ataque “intolerável”.
“A Rússia ataca a cidade portuária de Odessa menos de 24 horas depois de assinar um acordo para permitir exportações agrícolas. O Kremlin continua a usar alimentos como armas. A Rússia deve ser responsabilizada”, escreveu.
As autoridades ucranianas relataram hoje um ataque russo ao porto comercial de Odessa, um ponto-chave para a exportação de cereais pelo Mar Negro.
“O inimigo atacou o porto marítimo comercial com mísseis de cruzeiro Kalibr. Dois mísseis foram intercetados pelas defesas ucranianas, enquanto dois atingiram a infraestrutura do porto”, informaram fontes ucranianas de Odessa, citadas pelo portal Ukrinform, de Kiev.
Entretanto, o Governo ucraniano acusou a Rússia de “cuspir na cara” da ONU e da Turquia com este ataque.
Num comunicado citado pelo mesmo portal, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia afirma que a Rússia deve assumir “toda a responsabilidade” se o acordo alcançado na sexta-feira em Istambul, entre Kiev e Moscovo, for quebrado.
Segundo o mesmo portal, o Ministério da Política Agrária da Ucrânia informou que estavam a ser preparados, naquele porto, cereais para a exportação.
“Não vamos dar números porque o Ministério da Infraestrutura é o responsável. Aguardávamos até amanhã o primeiro embarque”, indicou o ministério.
Segundo as autoridades ucranianas, foram laçados quatro mísseis no porto de Odessa.
Um deles atingiu a área comercial, enquanto outros dois foram intercetados pelo sistema de defesa aérea ucraniano.
O quarto míssil terá atingido outra zona do porto.
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