“É com preocupação que constatamos que a violência contra as mulheres e as raparigas continuar a persistir, em especial em zonas rurais remotas. Há até relatos que estes fenómenos têm vindo a aumentar”, afirmou o embaixador da UE em Bissau, Artis Bertulis.
Na Guiné-Bissau, 37% das raparigas casam antes dos 18 anos, 27% das mulheres tiveram um filho antes dos 18 anos e 50% das raparigas até aos 14 anos foram submetidas a mutilação genital feminina.
“Estes dados revelam uma realidade dura que merece ser objeto de uma reflexão profunda e de ações concretas e imediatas”, disse o embaixador da União Europeia.
O novo projeto, denominado “No tene diritu a um vida sem violência” (“Temos direito a uma vida sem violência”), é financiado pela UE e vai ser executado pela Mani Tese em parceria com a Fundação Fé e Educação (FEC), a organização não-governamental italiana Engim e a Associação Amigos da Criança (Amic).
“Este projeto é mais uma prova clara de que a prevenção, o combate e a repressão de todas as formas de violência e discriminação contra as raparigas e mulheres, bem como a garantia da sua integridade física e psicológica, estão no centro da União Europeia”, salientou o diplomata.
O embaixador da União Europeia destacou também que para que os “objetivos se concretizem” é preciso o “empenho de toda a sociedade, incluindo líderes políticos, líderes religiosos e líderes comunitários”.
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