“Sugeri efetivamente que pudéssemos tentar coordenar o esforço para que arrancássemos todos no mesmo dia com o processo de vacinação. Para termos imunidade de grupo à escala da UE, não basta que um país alcance essa imunidade de grupo, é um esforço que tem de ser realizado simultaneamente em todos os Estados, e a melhor forma de todos o fazermos de uma forma coordenada é podermos arrancar todos ao mesmo tempo”, frisou António Costa aos jornalistas após a cimeira do Conselho Europeu.
O chefe do executivo português apontou que o processo pode ter início, no conjunto da UE, na primeira semana de janeiro, frisando que se trata de uma meta com que “todos se deviam comprometer” porque a Agência Europeia do Medicamento prevê licenciar a primeira vacina a 29 de dezembro.
Interrogado sobre se poderia começar a campanha de vacinação a 5 de janeiro, António Costa salientou que se trata de um “excelente dia”, por tratar-se do “segundo dia útil” do ano.
António Costa referiu ainda que o esquema de distribuição de vacinas “está devidamente articulado”, com a cadeia logística “identificada” e “desenhada”.
“No nosso caso concreto, as Forças Armadas desempenharão um papel crucial na gestão de toda essa operação logística de forma a garantir que, conforme as vacinas vão chegando, elas vão sendo devidamente administradas de forma a assegurar, tão rapidamente quanto possível, a imunidade de grupo”, frisou.
O primeiro-ministro aproveitou ainda a ocasião para salientar o trabalho “muito importante” desenvolvido pela Comissão Europeia no que respeita às vacinas, sinalizando o facto de ter conseguido adquirir “as doses de vacinas suficientes para obter a imunização de toda a população europeia”.
“Quando muitas vezes se diz [que] é preciso aproximar a UE dos cidadãos, não há melhor forma e mais oportuna de aproximar a Comissão Europeia dos cidadãos do que a presidente da Comissão disponibilizar aos 27 Estados-membros, simultaneamente, as doses de vacinas que vão ser administradas para o combate à covid”, apontou António Costa.
A Comissão Europeia já assinou contratos com as companhias de vacinas AstraZeneca (300 milhões de doses), Sanofi-GSK (300 milhões), Johnson & Johnson (200 milhões), BioNTech e Pfizer (300 milhões), CureVac (405 milhões) e Moderna (160 milhões).
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