Em declarações à Lusa, o porta-voz do comando provincial de Luanda da Polícia Nacional, superintendente Nestor Goubel, adiantou que será um adolescente de 13 ou 14 anos, que morreu asfixiado durante o tumulto que teve lugar nas imediações do cemitério, tendo morrido a caminho do hospital.
O funeral do músico Gelson Caio Mendes, mais conhecido como “Nagrelha”, mobilizou milhares de pessoas que acorreram hoje de manhã ao cemitério da Santa Ana.
“Face à tentativa de invasão do cemitério, as forças policiais foram obrigadas a dispersar a multidão desordeira”, refere a polícia, num comunicado a que a Lusa teve acesso.
Durante a operação de reposição da ordem pública registou-se a morte de um menor ainda por identificar, e ferimento em 16 efetivos da polícia, dos quais dois com gravidade (esfaqueados), e 17 cidadãos.
Registaram-se também danos materiais, nomeadamente em quatro viaturas da polícia e cinco autocarros vandalizados, uma motorizada carbonizada e numa esquadra móvel, bem como o roubo de botijas de gás e grades de cerveja em quantidade não determinada.
“Foram detidos 18 cidadãos suspeitos de práticas indecorosas”, acrescentam as autoridades.
O comunicado refere que se previa “uma moldura humana considerável” face à legião de fãs do kudurista, bem como a notícias veiculadas nas redes sociais que davam conta de incitação a práticas de desordem social, roubos e arruaças, pelo que foi definido um conjunto de medidas “com vista a anular todas as ameaças”.
“No entanto, quando eram 09:00 registou-se um número elevado de pessoas na Avenida Deolinda Rodrigues, durante o cortejo fúnebre que pretendiam aceder ao cemitério do Santana, o que levou à intervenção policial que dispersou a multidão com recurso a gás lacrimogéneo.
Na debandada que se seguiu várias pessoas ficaram feridas ou desmaiaram, conforme testemunhou a Lusa no local.
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