Numa “grande operação” contra o tráfico ilegal de drogas em várias províncias espanholas foram detidas 47 pessoas, “todas de nacionalidade espanhola, exceto um cidadão português”, que foram acusados de crimes contra a saúde pública, pertença a uma organização criminosa, fraude, contrabando e lavagem de dinheiro.
De acordo com um comunicado da Guarda Civil (correspondente à GNR), a venda dos medicamentos ilegais era feita em todo o território de Espanha, assim como em países como Portugal, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Rússia.
O líder da rede criminosa foi preso no Dubai, onde estava escondido, sendo procurado com três mandados de captura internacionais.
A rede importava da Malásia grandes quantidades de medicamentos, como Tadalafil e Sildenafil, princípios ativos diagnosticados para o tratamento da disfunção erétil, passando-os como suplementos alimentares naturais.
Foram realizadas 12 buscas domiciliares, 55 inspeções de locais de venda deste tipo de produto, bem como bloqueadas 59 páginas da internet e 39 contas bancárias.
“Estes produtos, uma vez manuseados no nosso país [Espanha], destinavam-se a ser vendidos em locais como ginásios, ervanárias, ‘sex-shops’ e através da internet”, explica o comunicado da polícia.
A investigação começou há mais de um ano e foi iniciada por uma queixa anónima que fez com que várias remessas aduaneiras da Malásia, suspeitas de conter princípios ativos de medicamentos sem serem declaradas como tal, começaram a ser seguidas.
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